sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

pela manhã

... e um dia acordei, assim tão de manhã que os pássaros gritaram. Era a luz do dia que entrava pela janela da alma e a cegava. Os lábios sabiam a mosto e parecia-me que na noite anterior as bebedeiras se mudaram na pauta entre colcheias e suspiros. Lancei-me nas ondas de borco, e purifiquei, senão a alma, o corpo.

Virgínia de Sá

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