Do livro "História de Uma Viagem, ou Duas, ou Talvez Não"
Capítulo XIX
"Terapias do Amor e da Alegria"
... O espaço tinha duas entradas por ruas diferentes. Ao chegar à entrada, percebi que todas as chaves eram parecidas e para o mesmo tipo de fechadura. Selecionei uma chave aleatoriamente e... era a chave certa. Voltei a fechar, surpreendida e dei a volta ao quarteirão, dirigindo-me à outra rua.
Selecionei outra chave do molho de doze chaves presas a uma argola grande. Novamente a porta se me abria à primeira tentativa, sem qualquer esforço. Tomei isso como um sinal. Entrei devagar, como se houvesse algum guardião invisível e tivesse de lhe pedir licença.
Havia uma certa atmosfera de tristeza no ar. Aquele grande espaço, que teria sido em tempos destinado a uma garagem, possuía divisórias envidraçadas encaixadas em alumínio que separavam gabinetes destinados a antigos funcionários. Uma coisa antiga como se de uma Conservatória se tratasse.
Imaginei logo que retiraria todas as divisórias transformando o espaço num grande salão onde organizaria cursos diversos e que também poderia ser utilizado para a dança. Percorri o corredor que dividia internamente os dois espaços até à sala da entrada principal, que era completamente envidraçada, fazendo a esquina do prédio para a rua. No corredor havia a mesma atmosfera de tristeza e recordo ter sentido por vezes arrepios quando o percorria.
No final, contudo, a atmosfera mudava completamente. Ali tudo era sol e o ambiente estava quente, ao contrário do espaço anterior, bastante frio e obscuro.
E a minha contagem decrescente continua...só faltam duas semanas...
ResponderEliminarFelizmente o dia 30 é um sábado, posso passar o dia seguinte a devorar páginas...☺️
Fico feliz, que seja assim :-)!
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